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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

'Rotas tiveram que ser corrigidas', diz Beto Richa sobre política tributária

Governador do Paraná afirmou que é preciso humildade para assumir erros.Reeleito, tucano fala em austeridade fiscal para o segundo mandato.

Beto Richa (PSDB) (Foto: Thais Kaniak/ G1PR)Beto Richa (PSDB) afirma que segundo mandato
terá austeridade fiscal (Foto: Thais Kaniak/ G1PR)

O governador reeleito no Paraná, Beto Richa (PSDB), afirmou nesta segunda-feira (6) que a política tributária adotada no primeiro mandato é um exemplo de equívoco de gestão e, por isso, precisou ser revista. Ao aplicar a substituição tributária – que estabelece o recolhimento do ICMS (Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação) na indústria e não mais nas diferentes etapas da cadeia produtiva – o estado acabou sobrecarregado alguns setores, em especial micro e pequenas empresas. 

“Acho que todos somos falíveis. É impossível alguém não errar, só não erra quem não faz. Como nós tivemos a ânsia de fazer o mais rápido possível, algumas rotas tiveram que ser corrigidas. Fui procurado por entidades, em especial, pelo presidente da Federação do Comércio, mostrando que a substituição tributária, em alguns produtos, estava tirando competitividade de produtos do estado em relação aos demais estados brasileiros. Fizemos o reajuste necessário, reduzimos a alíquota, voltamos atrás em algumas situações”, disse o governador. Richa acrescentou ainda que é preciso ter humildade para reconhecer erros e que algumas medidas podem não ter atingido a proposta inicial.

O candidato tucano ao Palácio Iguaçu foi reeleito com 55,67%, o que totaliza a aceitação de 3.301.322 eleitores. Ele disputou o comando do estado com os senadores Roberto Requião (PMDB), que teve 27,5% dos votos, e Gleisi Hofamann, 14,8%.
A questão fiscal e o equilíbrio das contas estaduais surgem com maior destaque para este mandato. Segundo o governador, nos próximos quatro anos haverá corte de gastos, inclusive, com a extinção ou união de estruturas de governo. “A mesma austeridade que foi a marca desta primeira gestão vai permanecer no segundo mandato. Vamos enxugar ainda mais a máquina, eliminando algumas estruturas de governo, fundindo com outras, para termos além da eficiência necessária, a diminuição de gastos. Quero gastar menos com o governo para sobrar mais recursos para investir nas pessoas”, argumentou. 
Ainda nesta questão administrativa, Richa declarou que existem atribuições sobrepostas em algumas secretarias estaduais que podem ser “reorganizadas e redesenhadas”. A atual gestão já havia acoplado a Secretaria de Turismo à de Esporte e unido a Secretaria de Controle Interno com a Corregedoria e a Ouvidoria, dando origem à Controladoria-Geral do Estado do Paraná. Quanto aos secretários, o governador se diz satisfeito com os resultados entregues e afirmou que não pretende fazer mudanças expressivas.
Para o governador esa auseridade fiscal se torna necessária também em virtude do cenário econômico. “Temos visto, em função da diminuição da atividade econômica de todo o país, a queda das receitas públicas. Então, temos que estar preparados para este momento que se apresenta aí – recessão, desemprego, desindustrialização do Brasil”, justificou Richa. Contudo, ele disse que o Paraná, apesar das conjunturas desfavoráveis, tem conseguido conter a situação com industrialização, geração de empregos, políticas públicas e um novo estilo de governo.
Presidência da República
Com a confirmação do segundo turno entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) para a Presidência da Reública, Beto Richa se mostrou disponível para trabalhar na campanha do correligionário. “Vou entrar de cabeça na eleição do Aécio Neves (PSDB) porque é importante para o país ter um presidente com as suas qualidades, com as suas virtudes. É um gestor público já testado e aprovado. É um homem sério, decente, um político ético, tudo o que o Brasil precisa neste momento”, afirmou. Essa doação poderia, inclusive, passar por uma licença do cargo para se dedicar a campanha de Aécio.
Richa caracteriza como fundamental para o Paraná a eleição de Aécio Neves. Em uma referência aos atritos que o governo estadual teve com a União, principalmente, na liberação de empréstimos e financiamentos, o governador afirmou que o mineiro “vai reconciliar o Brasil com o Paraná e pagar a dívida que o país tem com o estado que tanto contribui com a formação da economia nacional”.


Creditos: http://g1.globo.com/

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